O Banco XP facilitou o acesso ao crédito pelas Pessoas Físicas, tirando a contratação das linhas somente das mãos dos agentes de investimento e colocando a oferta no aplicativo. A possibilidade foi aberta a 1,5 milhão dos clientes da marca XP. Incluindo Rico, o grupo XP fechou o primeiro trimestre com 3,5 milhões de clientes. O banco vem escalando aos poucos seu negócio de crédito dentro do banco.
A oferta de crédito para as Pessoas Físicas foi lançada em fevereiro deste ano, assim como o crédito imobiliário, por meio da Direto, joint-venture com a Direcional Engenharia.
No primeiro trimestre, a carteira de crédito da XP somava R$ 11,5 bilhões, a maior parte dela vinda de produtos mais maduros como empréstimos para empresas e para clientes investidores alavancarem posições.
Em três anos, a XP acredita que elevará em dez vezes o tamanho de sua carteira de crédito. O modelo de concessão do banco sempre conta com a garantia dos investimentos que os clientes possuem na casa. No caso das linhas imobiliárias, envolvem recebíveis ou os próprios imóveis.
Efeito da crise
Nesta linha de crédito livre para Pessoa Física, a XP nota a migração de clientes para o produto com intenção de quitar outros financiamentos, de custo mais alto, até mesmo envolvendo os tomados para aquisição de veículos. A contrapartida é que a atual crise tem prejudicado a qualidade dos tomadores. Mas a XP está justamente “surfando essa onda”, de acordo com o sócio da XP, Bruno Saads, aproveitando a qualidade das garantias.
O custo de tal crédito começa com uma taxa de 1,75% somado ao CDI para o período de três anos, por exemplo. A variação do juro, o prazo e o montante a ser liberado dependem do tipo ou da composição de investimentos que o cliente oferece como garantia. Mas Saads diz que na média, o cliente consegue levantar o equivalente a 70% do que tem investido.
Essa proporção pode alcançar 95% em caso da garantia ser de investimentos mais líquidos e de menor risco, como CDBs ou LFTs. Ou cair para 30% no caso de ações de empresas pequenas ou Fundos mais complexos.
Por Cynthia Decloedt